É um prazer falar sobre a Junta de Missões Nacionais (JMN) da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB).

A JMN da IPB é a agência missionária focada na expansão do presbiterianismo e no trabalho social dentro do território nacional. Sua história é marcada pela autonomia da igreja brasileira em sua obra missionária.

O Início:
Da Missão Americana à Autonomia Brasileira

A IPB é, historicamente, fruto da ação missionária americana que começou com Ashbel Green Simonton em 1859. No entanto, a necessidade de uma obra missionária nacional, organizada e mantida pelos próprios brasileiros, se tornou evidente com o crescimento da igreja.

A Junta de Missões Nacionais foi organizada oficialmente em 10 de setembro de 1940.

Em seus primórdios, a JMN funcionava como uma Junta Mista, contando com a participação e apoio financeiro de representantes da Igreja Presbiteriana do Brasil e das missões norte-americanas (dos Boards de Nova York e Nashville).
Um marco importante na história da JMN foi a transição gradual para o financiamento totalmente brasileiro, com os presbiterianos do Brasil assumindo a responsabilidade financeira da obra através de ofertas missionárias anuais.

A Grande Expansão Nacional

A principal finalidade da JMN, desde o início, foi a plantação de igrejas em campos pioneiros e a evangelização de regiões menos alcançadas do Brasil.

Entre 1940 e 1958, a JMN foi responsável pela ocupação de cerca de quinze regiões em todo o Brasil, estabelecendo locais de pregação e, posteriormente, organizando centenas de novas igrejas presbiterianas.
A JMN foi fundamental para a introdução do Presbiterianismo em estados como o Acre e também para a reintrodução ou o fortalecimento da presença em outras regiões, como o Rio Grande do Sul.
O trabalho missionário ganhou um foco específico na vasta e desafiadora região amazônica com a criação da Missão Presbiteriana da Amazônia em 1950, um esforço contínuo de evangelização em contextos ribeirinhos e de difícil acesso.

A Reestruturação da Obra Missionária

Com o tempo, o crescimento da igreja e as mudanças no cenário missionário levaram a uma especialização das agências da IPB.

Até o ano 2000, a JMN era responsável por toda a plantação de igrejas no Brasil, incluindo aquelas em contextos transculturais (como entre comunidades indígenas ou quilombolas).

A partir de 2000, a IPB organizou a Agência Presbiteriana de Missões Transculturais (APMT). Com essa mudança, a APMT assumiu a responsabilidade pelos trabalhos em contextos étnicos e transculturais (dentro e fora do Brasil), enquanto a JMN manteve seu foco na evangelização e plantação de igrejas em contextos urbanos e regionais** em áreas nacionais estratégicas.

Hoje, a JMN continua sendo uma autarquia missionária vital da IPB, focada em recrutar, treinar e sustentar missionários para a abertura de novos trabalhos e apoio a campos pioneiros em todo o território brasileiro.